Indignada e chocada com o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, quero registrar que estaremos acompanhando de perto todas as investigações. Este crime só demonstra o estágio de violência a que chegou o Brasil, num momento em que o Rio de Janeiro está justamente em estado de intervenção federal.

Fui presidente da CPI do Senado que investigou o assassinato de jovens no Brasil e, infelizmente, o assassinato de Marielle e Anderson só reforça as estatísticas que a Comissão constatou de de que nossos jovens, principalmente moradores de periferia e negros – e também as mulheres – são as principais vítimas desse estado de violência extrema e de racismo institucionalizado a que chegamos, agravado por repressões à liberdade política, de manifestação e expressão.

É preciso reagir. É preciso uma ação unida e organizada de todos aqueles que lutam pela paz, pelos direitos humanos e pela afirmação da cidadania e que não aceitam a discriminação da pobreza. Quero dizer que sua voz, Marielle, será permanente e continuará sendo ouvida com nossa participação. Vamos lutar para impedir que o Brasil se transforme no apartheid que a elite e também a bandidagem querem transformar.