O brutal e covarde assassinato de Marielle Franco e Anderson Pedro Gomes nos provoca profunda consternação, tristeza e indignação. A UFRJ é solidária à família, às amigas e aos amigos, às companheiras e aos companheiros e aos que tinham em seu mandato um lugar de fala, de luta e esperança contra as injustiças sociais, a desigualdade, o racismo e as múltiplas expressões do machismo.
A sua luta, à qual Anderson estava associado, motivou milhares de jovens, mulheres sobretudo, a atuar em prol da dignidade humana e dos direitos fundamentais e, nesse sentido, a sua luminosa trajetória assumiu brilhante dimensão pedagógica, lastreada por inequívoco engajamento acadêmico.
É também uma perda que alcança o contexto territorial da UFRJ, visto que ela era proveniente do Complexo da Maré. Por isso, a UFRJ se soma a todas as entidades democráticas do Brasil e do mundo e exige rigorosa apuração das circunstâncias, motivação e autoria dos assassinatos.
A vereadora vinha denunciando a violência das operações policiais contra moradores pobres, negros e expropriados nas favelas e era relatora da comissão responsável, na Câmara de Vereadores, por acompanhar a intervenção federal e militar no Rio. O teor político desses brutais extermínios é parte obrigatória das circunstâncias, exigindo que a apuração alcance os reais mandantes do crime. Estaremos juntos com os setores responsáveis em busca da verdade e da justiça, assim como seguiremos reivindicando o esclarecimento do assassinato brutal de Diego Vieira Machado, estudante da UFRJ, em 2016.
A Reitoria declara luto oficial de três dias.