Quem fez com que um ato terrorista fosse sinônimo de declaração de guerra foi um presidente francês.
Não foi François Hollande, e sim Jacques Chirac.
Na própria tarde de 11 de setembro de 2001, Chirac mandou o embaixador da França na ONU apresentar uma resolução.
Ela autorizava os Estados Unidos a revidar os atentados às Torres Gêmeas e ao Pentágono. A resolução, de número 1.368, foi aprovada.
Uma coalização comandada pelos EUA teve então cobertura jurídica para invadir o Afeganistão. O presidente George W. Bush não encontrou Bin Laden lá. Foi em frente, entrou no Iraque e o destruiu, mesmo sabendo que não havia ali militantes da Al Qaeda nem armas de destruição em massa.
A França manteve distância da ofensiva bélica. Direitista prudente, Chirac resistiu ao “diktat” de Bush.
Não legitimou o morticínio que o imperialismo americano perpetrou no Levante.
Resultado: a França foi ridicularizada. Mas não sofreu ataques terroristas.
Fonta: Folha de São Paulo