“Nunca na história deste país um presidente perdeu tantos colaboradores em tão pouco tempo por motivos tão pouco louváveis”, diz o colunista Elio Gaspari, ao comentar o escândalo mais recente, em que o melhor amigo de Michel Temer, José Yunes, disse ter sido “mula” de Eliseu Padilha; Gaspari também resumiu o golpe como um projeto de salvação da classe política; “Primeiro nomeamos Jucá e Geddel, depois, Serraglio. Mais um pouco, soltamos Eduardo Cunha. Adiante, definimos que o TSE só tem lâmina para Dilma Rousseff. Com sorte, tiramos Lula do páreo de 2018. Se der, deu”
“Nunca na história deste país um presidente perdeu tantos colaboradores em tão pouco tempo por motivos tão pouco louváveis”, diz o colunista Elio Gaspari, na coluna Jucá, Yunes, Geddel, Padilha…, ao comentar o escândalo mais recente do governo federal, em que o melhor amigo de Michel Temer, José Yunes, disse ter sido “mula” de Eliseu Padilha.
“O pacote que o operador Lúcio Funaro levou ao escritório de Yunes ainda fará uma longa carreira no anedotário político nacional. Por enquanto, a versão de Yunes é uma daquelas mantas de chumbo que os dentistas jogam em cima das pessoas para protegê-las das emissões dos raios X”, diz ele.
Gaspari também resumiu o golpe como um projeto de salvação da oligarquia política brasileira.
“A Lava Jato está ferindo a oligarquia política e empresarial do século 20 da mesma maneira que o fim do tráfico negreiro feriu (mas não matou) a do 19. Os barões do caixa dois do tráfico resistiram por mais de 30 anos. Os marqueses do caixa dois das empreiteiras sabem que não podem durar tanto, mas a esperança é sempre a última que morre. Primeiro nomeamos Jucá e Geddel, depois, Serraglio. Mais um pouco, soltamos Eduardo Cunha. Adiante, definimos que o TSE só tem lâmina para Dilma Rousseff. Com sorte, tiramos Lula do páreo de 2018. Se der, deu”, afirma.