Crise econômica atinge indústria naval.
“Não há possibilidade de um país passar de uma política de pleno emprego para uma política que provoca o desemprego maciço. A mudança da política econômica, independentemente da resolução da crise política, é uma necessidade. Se não mudar o rumo vamos caminhar para uma explosão social”. O alerta foi dado por Pedro Celestino, presidente do Clube de Engenharia, em entrevista ao Jornal da CBN, do sistema Globo de rádio, veiculada dia 25 de dezembro.
Pedro Celestino deu ênfase à reunião realizada recentemente com os ministros Armando Monteiro, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Miguel Rossetto, do Trabalho e Previdência Social, reunindo todas as centrais sindicais brasileiras, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e as associações comerciais do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, entre outras entidades, inclusive o Clube de Engenharia, que em um total de 70 são signatárias do documento Compromisso pelo Desenvolvimento com sete propostas para relançar a economia.
Ainda no campo do colapso da economia brasileira, o presidente do Clube de Engenharia destacou notícias dos últimos dias: a possível demissão de 3 mil operários na Companhia Siderúrgica Nacional, a demissão recente de 3.500 funcionários no Estaleiro Mauá e a demissão, há cerca de um mês, de 8 mil funcionários da Cosipa, paralisando a fabricação de chapas grossas no Brasil. “Para processar aço teremos agora que recorrer à China. É um retrocesso de 50 anos”, concluiu.
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