Vito Giannotti chegou da Italia, em 1964, com 21 anos.
Tronou-se um brasileiro legítimo. O povo brasileiro o adotou. Operário metalurgico, fez militancia sindical durante toda ditadura militar.
Sábio, e autodidata, se transformou em jornalista.
Era um defensor intransigente, seguindo o mestre Gramsci, de que a classe trabalhadora precisa construir seus proprios meios de comunicação. Ajudou a formar diversos jornais e boletins da classe, entre eles o Brasildefato nacional e o tabloide BDFdo Rio Janeiro. Deve ter dado milhares de palestras por esse Brasil a fora incentivando a comunicação da classe.
Estudioso, transformou-se num professor didático e num grande propagandistas dos livros. Cultivou sempre a máxima |”De que só o conhecimento liberta verdadeiramente a classe trabalhadora e todo povo.!”
Agitador, defendia as idéias da igualdade social e da necessidade de indignarse contra qualquer injustiça como ninguem.
Foi um exemplo de internacionalista. Preocupava-se com as lutas da classe trabalhadora em todos os países, e difundia permanentemente as historias das lutas de massa, do Brasil da america latina e do mundo.
Seu vozeirão de Pavaroti, o deixava ainda mais contundente.
Viveu uma vida simples, coerente e dedicada unicamente aos interesses da classe trabalhadora.
Todos apreendemos muito com ele. Era um militante das ideias socialistas, no meio sindical, no meio popular, na universidade e entre os jovens.
Foi exemplo de dedicação militante.
O MST e seus militantes devemos muito a ele, e temos orgulho de seu exemplo e de sua amizade.
Perdemos fisicamente, porém abraçaremos com amor, seu legado.
Indignar-se com fervor contra qualquer injustiça. Defender sem exitação as ideias socialistas.
Agitar e organizar o povo, para que lute por mudanças sociais.
Grande Vito, nos deixará saudades, mas tambem um legado de exemplo de vida.
Joao Pedro Stedile (MST)