Partido anunciou na quarta-feira apoio ao tucano no segundo turno da eleição

por Evandro Éboli

10/10/2014

ErundinaBRASÍLIA — Derrotada dentro de seu partido, o PSB, e defensora da neutralidade no segundo turno, a deputada e ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina (PSB-SP) criticou a adesão da legenda à candidatura de Aécio Neves, do PSDB. Erundina afirmou que o PSB ainda disputa eleições em alguns estados — seja como cabeça de chapa e como vice e até com PT e PSDB de aliados —, e deveria ter optado pela independência nessa reta final da disputa eleitoral.
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— Não foi simplesmente rejeitar esse ou aquele candidato. Se trata de uma preocupação maior que é de manter a coerência entre nosso discurso e compromissos de campanha e de representarmos a quebra da polarização entre PSDB e PT. Que terceira força é essa, que ainda disputa eleição em quatro estados, mas está alinhado com quem criticou?! A posição mais lógica e coerente seria a de liberar os eleitores, sejam militantes, filiados ou simpatizantes. Lamentavelmente nossa posição de neutralidade foi absolutamente derrotada — disse a deputada, que também criticou a articulação dentro do partido para evitar a recondução de Roberto Amaral à presidência da sigla.

— Essa questão de apoio contaminou a disputa interna da presidência. O Roberto Amaral estava na cabeça de chapa e concordou com proposta do PSB de Pernambuco de adiar a convocação da reunião para depois do primeiro turno, e havia um compromisso formal, por escrito, o qual subscrevi, de apoio ao Amaral, e que foi desrespeitado. Colocaram outro companheiro para disputar (Carlos Siqueira). O PSB de Pernambuco está agindo e se comportando de forma inaceitável. O Amaral foi afastado e alijado e foi absolutamente atingido na sua dignidade. O PSB de Pernambuco, com a família de Eduardo Campos, anunciaram apoio ao Aécio antes mesmo da decisão da Executiva do partido. Isso não é democrático, nem socialismo — criticou Erundina.

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