Segundo o memorando, as mulheres são submetidas a humilhações e maus-tratos, e há 1.400 presos que sofrem de graves doenças e que não recebem tratamento médico. A ANP denunciou que 205 palestinos morreram desde 1967 em prisão: 73 devido a torturas, 53 por falta de atendimento médico, 72 assassinados logo após serem detidos e sete por disparos dos guardas dentro das prisões.
Desde a explosão da segunda “Intifada” (levantamento) em setembro do ano 2000, foram registradas 80 mil prisões, que incluem dez mil crianças e mais de 80 deputados e ministros palestinos.
Além disso, a ANP lembrou que os detidos por resoluções administrativas completam hoje 21 dias de greve de fome em meio à imposição de medidas duras contra eles por parte das autoridades carcerárias. Entre as punições estão o isolamento e a proibição de se reunirem com seus advogados para que desistam da greve.
A detenção administrativa israelense, que permite reter suspeitos sem julgamento por seis meses renováveis, afeta cerca de 200 palestinos e alguns deles já estão há mais de cinco anos presos.
O texto publicado hoje afirma que as detenções afetaram sem exceção todas as camadas da sociedade palestina, desde idosos a deficientes físicos e doentes, passando por acadêmicos e artistas. “A detenção é um fenômeno diário e se efetua de uma maneira que infringe as bases da legislação internacional de direitos humanos”, conclui o memorando.