ribeirinho

A direita permanece sem compreender a consagradora votação que Dilma recebeu dos pobres e daqueles moradores dos mais distantes rincões do país, distantes, pobres e abandonados, faz séculos, pela República governada segundo os interessas dos magnatas da Avenida Paulista, até o advento da saga Lula-Dilma. Essa foto talvez explique o que a insensibilidade dos barões da grande imprensa não lhes permite ver. A foto acima foi tirada por mim, no Alto Solimões, distante dois dias de barco desde Manaus, há menos de uma semana em viagem pela Amazônia e seus rios. A casa de madeira é uma escola, o ônibus é para transportar alunos. Sobre a casa vê-se a rede de fios que leva eletricidade aos confins mais longínquos do país. Percorrendo tanto o Rio Negro como o Solimões, o viajante se depara com casas, modestas, com seu aparelho de televisão identificado pela antena parabólica, e muitas com máquinas de lavar roupa e outros ‘luxos’ que antes só eram permitidos à classe-média urbana. Estacionada junto à residência flutuante, a ‘voadeira’ barquinho com motor de popa que é o ‘fusca’ do ribeirinho.

Roberto Amaral