É com imenso pesar que nos deparamos com o assassinato da companheira e amiga Marielle Franco. O crime foi brutalmente executado nesta noite do dia 14/03 por volta das 21:30h no bairro do Estácio, Rio de Janeiro. O local em minutos ficou lotado de militantes, o que expressa à indignação por tal ato, e a necessidade de estarmos juntos/as num momento de brutal intervenção que sofre o Rio.

Mulher, Negra, Mãe, Militante, cria da Favela da Maré e Vereadora (PSOL-RJ). Marielle desde cedo atuava em defesa das famílias moradoras da Favela. Por viver a opressão do estado e do trafico forjou a sua luta e militância no campo dos Direitos Humanos. Presente desde o primeiro mandato do Dep. Marcelo Freixo (PSOL-RJ), ampliou a sua militância na luta em defesa da classe trabalhadora.

Sua luta trazia questões centrais como a Questão Negra, Mulheres, LGBT e moradores de Favela, se colocando contra a opressão do Estado e do trafico atuando da Comissão de Direitos Humanos.

Forte companheira e defensora da Reforma Agrária e do MST, uma das principais responsáveis da articulação entre os debates e militantes da favela e da Reforma Agrária onde ajudou a organizar diversas visitas de moradores de favela aos assentamentos e de militantes do MST na Favela da Maré.

Recentemente assumiu a relatoria da Comissão que acompanhará a intervenção federal no Rio de Janeiro, com a tarefa de fiscalizar as forças militares, e visitar territórios e solicitar informações sobre a intervenção.

No dia 10/03 Marielle denunciou uma ação de policiais militares do 41 BPM na Favela de Acari, onde os policiais mataram dois jovens e jogaram os corpos em um valão, segundo moradores.

Por esta atuação como defensora de direitos humanos, liderando processos de denúncias de violações do estado, à colocaram como potencial foco das forças repressoras.

Prestamos aqui nossa total solidariedade a família e desejamos a força neste momento tão triste.

Nossa solidariedade também a família de Anderson Pedro Gomes.

Convocamos toda a militância Sem Terra a partir dos seus locais se mantenham em luta e resistência como ato de demonstração que não nos calaremos diante de tanta atrocidade que sofre o estado do RJ e toda a classe trabalhadora.

Seguiremos juntos/as para cobrar resposta a essa crueldade!